Seleção comandada por José Roberto Guimarães fez 3 sets a 1 para cima das caribenhas e faturou o título no México
iG São Paulo | 21/10/2011 01:38 - Atualizada às 04:45
Brasil passa sufoco, bate Cuba e é ouro 'inédito' no vôlei femininoSeleção comandada por José Roberto Guimarães fez 3 sets a 1 para cima das caribenhas e faturou o título no México
Foto: Vipcomm Choro de Paula Pequeno depois da vitória. Ela assumiu a vaga de titular após lesão de JaquelineA seleção brasileira feminina de vôlei conseguiu o "ouro inédito" nos Jogos Pan-Americanos do México. Depois de vencer o primeiro set com facilidade, o Brasil fez um jogo duro contra Cuba, mas superou as caribenhas por 3 sets a 2 com parciais de 25/15, 21/25, 25/21, 21/25 e 15/10.Com a vitória, a seleção se vinga da final de 2007, quando perdeu para as cubanas em um ginásio do Maracanãzinho lotado. E ainda fatura uma medalha inédita. O Brasil já tinha três títulos pan-americanos, em 59, 63 e 99, mas nenhuma das jogadoras em quadra na final desta quinta-feira, ou o técnico José Roberto Guimarães, estavam em alguma dessas conquistas.
Após a vitória, a líbero Fabi dedicou a medalha a Jaqueline. As duas bateram cabeças na primeira partida do Pan, mas a ponteria teve uma fratura na cervical, foi cortada do Pan e já voltou ao Brasil. "Você fez falta aqui, como em qualquer outro time do mundo", disse a líbero na TV Record. Na premiação, as jogadoras mandaram recados à família aos torcedores nos uniformes. Fabi subiu ao pódio com a camisa de Jaqueline colocada com número e o nome para frente e recebeu a medalha da companheira."Colocamos o coração ali dentro da quadra. A gente sofre pressão, somos um grande time, só a gente sabe o que passa. O meu choro é de alegria, de superação", afirmou a líbero.Brasil e Cuba seguem como os times mais vitoriosos no torneio. Enquanto as caribenhas somam oito medalhas de ouro, o Brasil é tetracampeão. O pódio em Guadalajara foi completado pelos Estados Unidos, que venceram a República Dominicana na decisão do bronze nesta noite.A final do vôlei feminino contou ainda com ilustres na plateia em Guadalajara. Os jogadores da equipe masculina da seleção caribenha chegaram ao ginásio e até tiveram dificuldade para entrar porque as arquibancadas estavam lotadas. Com o jogo já iniciado, eles acharam lugar nas escadas. Romário, campeão mundial de futebol e comentarista dos Jogos, também estava na plateia, assim como Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Já a torcida no Complexo Pan-Americano de Voleibol era toda para Cuba.Em quadra, a maior pontuadora da partida foi Yoana Palacios, com 20 bolas no chão. Do lado brasileiro, Mari foi mais pontou, com 16 acertos. A oposta Sheilla aparece logo em seguida, com 15 pontos. Os outros números do jogo também foram equilibrados. Brasileiras e cubanas marcaram sete aces. Em bloqueios, a seleção nacional venceu por um ponto, com 12 a 11. No ataque, 58 a 56 para o Brasil. A diferença ficou nos erros. Enquanto a seleção ganhou 30 pontos de graça, deu 21 para as caribenhas.O jogoFoto: Vipcomm Fabi e Paula Pequeno colocam pressão diante do ataque de Cuba na final do Pan-Americano.
Cuba buscou a liderança logo no começo do primeiro set, com 2 a 1 no placar. Porém o Brasil virou em 3 a 2 e não perdeu mais a liderança. No primeiro tempo técnico, a vantagem já era de 8 a 3. Com ponto de bloqueio, o segundo na parcial, a seleção embalou e marcou 11 a 3. Além de bloquear, o saque nacional fez o seu papel e, com ace de Mari, as brasileiras marcaram 17 a 6. O primeiro ponto de bloqueio cubano saiu apenas no 17 a 8 em cima de Sheilla. No final da parcial, as caribenhas começaram a provocar ao pontuar, mas o Brasil se mateve à frente e fechou com facilidade com Mari, depois de um ataque que ainda resvalou na rede.Já na segunda parcial, Cuba saiu na frente. Com saque forçado, elas abriram 6 a 2 e forçaram o técnico José Roberto Guimarães a parar o jogo. Depois de voltar da parada técnica no 8 a 3, o Brasil diminuiu em 8 a 6 na passagem de Dani Lins pelo saque. Porém, Cuba voltou a abrir com dois bloqueios e uma bola na antena de Mari, no 16 a 10. A seleção brasileira só engrenou no final da parcial. Com quatro pontos seguidos, a equipe encostou em 21 a 20. Mas as cubanas recuperaram a bola em um ponto de Carcases e, com dois aces em cima da líbero Fabi, chegaram ao set point. Para fechar, ataque no chão de Cleger e 25 a 21 no placar.O terceiro set começou com diversas trocas de lideranças no placar. Com um erro de posicionamento cubano, o Brasil marcou 6 a 5. Depois, com dois pontos de Thaísa no bloqueio, a seleção chegou ao 8 a 5. O troco veio rápido e Cuba fez 9 8 depois de dois aces em cima de Mari. O Brasil respondeu com uma sequência de quatro pontos, com dois ataques de Sheilla, no 12 a 9. Ainda marcou 16 a 11 na segunda parada técnica. Cuba buscou a reação e enconstou no 19 a 18 com um ataque para fora do Brasil. Porém, Tandara, que havia entrado na inversão do 5-1, acertou e fez 20 a 18. Depois de muito equilíbrio, Palacio errou o saque e a seleção venceu a parcial por 25 a 21.No quarto set, o Brasil impôs 4 a 2 no ponto de saque de Fernanda Garay, que entrou no lugar de Mari e não saiu mais. Entretanto, o momento era melhor para as cubanas. Elas empataram em 9 a 9 e dispararam, chegando a 14 a 9 no ataque de Carcases. O Brasil ainda tentou encostar com bloqueio de Paula Pequeno em Cleger no 15 a 12, mas no erro de Fernanda Garay e num ataque explorado no bloqueio, as cubanas marcaram 17 a 12. As caribenhas ainda dispararam e novamente com dois aces de Carcases, abriram 22 a 13. Mas o Brasil conseguiu reagir. Na passagem de Thaísa pelo saque quando Cuba já tinha o set point, a seleção impôs cinco pontos, chegou a 24 a 21, mas perdeu o set em uma bola não recuperada pela defesa.Cuba voltou a sair na frente no tie-break, mas o Brasil virou ainda no 3 a 2 no erro de Cleger. Cuba empatou no erro de ataque nacional no 6 a 6, mas com uma bola se segunda de Dani Lins e ponto de Sheilla, o Brasil foi para a virada de quadra na frente, no 8 a 6. A vantagem aumentou para três pontos com Fernanda Garay na ponta, no 10 a 7. Paula Pequeno usou o bloqueio e marcou o match point 14 a 10. Depois de um rali de belas defesas, Tandara, que havia entrado na inversão do 5-1 no ponto anterior, colocou no chão e o Brasil fechou o tie-break em 15 a 10.
Foto: Vipcomm
Choro de Paula Pequeno depois da vitória. Ela assumiu a vaga de titular após lesão de Jaqueline
A seleção brasileira feminina de vôlei conseguiu o "ouro inédito" nos Jogos Pan-Americanos do México. Depois de vencer o primeiro set com facilidade, o Brasil fez um jogo duro contra Cuba, mas superou as caribenhas por 3 sets a 2 com parciais de 25/15, 21/25, 25/21, 21/25 e 15/10.
Com a vitória, a seleção se vinga da final de 2007, quando perdeu para as cubanas em um ginásio do Maracanãzinho lotado. E ainda fatura uma medalha inédita. O Brasil já tinha três títulos pan-americanos, em 59, 63 e 99, mas nenhuma das jogadoras em quadra na final desta quinta-feira, ou o técnico José Roberto Guimarães, estavam em alguma dessas conquistas.
Após a vitória, a líbero Fabi dedicou a medalha a Jaqueline. As duas bateram cabeças na primeira partida do Pan, mas a ponteria teve uma fratura na cervical, foi cortada do Pan e já voltou ao Brasil. "Você fez falta aqui, como em qualquer outro time do mundo", disse a líbero na TV Record. Na premiação, as jogadoras mandaram recados à família aos torcedores nos uniformes. Fabi subiu ao pódio com a camisa de Jaqueline colocada com número e o nome para frente e recebeu a medalha da companheira.
"Colocamos o coração ali dentro da quadra. A gente sofre pressão, somos um grande time, só a gente sabe o que passa. O meu choro é de alegria, de superação", afirmou a líbero.
Brasil e Cuba seguem como os times mais vitoriosos no torneio. Enquanto as caribenhas somam oito medalhas de ouro, o Brasil é tetracampeão. O pódio em Guadalajara foi completado pelos Estados Unidos, que venceram a República Dominicana na decisão do bronze nesta noite.
A final do vôlei feminino contou ainda com ilustres na plateia em Guadalajara. Os jogadores da equipe masculina da seleção caribenha chegaram ao ginásio e até tiveram dificuldade para entrar porque as arquibancadas estavam lotadas. Com o jogo já iniciado, eles acharam lugar nas escadas. Romário, campeão mundial de futebol e comentarista dos Jogos, também estava na plateia, assim como Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Já a torcida no Complexo Pan-Americano de Voleibol era toda para Cuba.
Em quadra, a maior pontuadora da partida foi Yoana Palacios, com 20 bolas no chão. Do lado brasileiro, Mari foi mais pontou, com 16 acertos. A oposta Sheilla aparece logo em seguida, com 15 pontos. Os outros números do jogo também foram equilibrados. Brasileiras e cubanas marcaram sete aces. Em bloqueios, a seleção nacional venceu por um ponto, com 12 a 11. No ataque, 58 a 56 para o Brasil. A diferença ficou nos erros. Enquanto a seleção ganhou 30 pontos de graça, deu 21 para as caribenhas.
O jogo
Foto: Vipcomm
Fabi e Paula Pequeno colocam pressão diante do ataque de Cuba na final do Pan-Americano.
Cuba buscou a liderança logo no começo do primeiro set, com 2 a 1 no placar. Porém o Brasil virou em 3 a 2 e não perdeu mais a liderança. No primeiro tempo técnico, a vantagem já era de 8 a 3. Com ponto de bloqueio, o segundo na parcial, a seleção embalou e marcou 11 a 3. Além de bloquear, o saque nacional fez o seu papel e, com ace de Mari, as brasileiras marcaram 17 a 6.
O primeiro ponto de bloqueio cubano saiu apenas no 17 a 8 em cima de Sheilla. No final da parcial, as caribenhas começaram a provocar ao pontuar, mas o Brasil se mateve à frente e fechou com facilidade com Mari, depois de um ataque que ainda resvalou na rede.
Já na segunda parcial, Cuba saiu na frente. Com saque forçado, elas abriram 6 a 2 e forçaram o técnico José Roberto Guimarães a parar o jogo. Depois de voltar da parada técnica no 8 a 3, o Brasil diminuiu em 8 a 6 na passagem de Dani Lins pelo saque. Porém, Cuba voltou a abrir com dois bloqueios e uma bola na antena de Mari, no 16 a 10.
A seleção brasileira só engrenou no final da parcial. Com quatro pontos seguidos, a equipe encostou em 21 a 20. Mas as cubanas recuperaram a bola em um ponto de Carcases e, com dois aces em cima da líbero Fabi, chegaram ao set point. Para fechar, ataque no chão de Cleger e 25 a 21 no placar.
O terceiro set começou com diversas trocas de lideranças no placar. Com um erro de posicionamento cubano, o Brasil marcou 6 a 5. Depois, com dois pontos de Thaísa no bloqueio, a seleção chegou ao 8 a 5. O troco veio rápido e Cuba fez 9 8 depois de dois aces em cima de Mari. O Brasil respondeu com uma sequência de quatro pontos, com dois ataques de Sheilla, no 12 a 9. Ainda marcou 16 a 11 na segunda parada técnica. Cuba buscou a reação e enconstou no 19 a 18 com um ataque para fora do Brasil. Porém, Tandara, que havia entrado na inversão do 5-1, acertou e fez 20 a 18. Depois de muito equilíbrio, Palacio errou o saque e a seleção venceu a parcial por 25 a 21.
No quarto set, o Brasil impôs 4 a 2 no ponto de saque de Fernanda Garay, que entrou no lugar de Mari e não saiu mais. Entretanto, o momento era melhor para as cubanas. Elas empataram em 9 a 9 e dispararam, chegando a 14 a 9 no ataque de Carcases.
O Brasil ainda tentou encostar com bloqueio de Paula Pequeno em Cleger no 15 a 12, mas no erro de Fernanda Garay e num ataque explorado no bloqueio, as cubanas marcaram 17 a 12. As caribenhas ainda dispararam e novamente com dois aces de Carcases, abriram 22 a 13. Mas o Brasil conseguiu reagir. Na passagem de Thaísa pelo saque quando Cuba já tinha o set point, a seleção impôs cinco pontos, chegou a 24 a 21, mas perdeu o set em uma bola não recuperada pela defesa.
Cuba voltou a sair na frente no tie-break, mas o Brasil virou ainda no 3 a 2 no erro de Cleger. Cuba empatou no erro de ataque nacional no 6 a 6, mas com uma bola se segunda de Dani Lins e ponto de Sheilla, o Brasil foi para a virada de quadra na frente, no 8 a 6. A vantagem aumentou para três pontos com Fernanda Garay na ponta, no 10 a 7. Paula Pequeno usou o bloqueio e marcou o match point 14 a 10. Depois de um rali de belas defesas, Tandara, que havia entrado na inversão do 5-1 no ponto anterior, colocou no chão e o Brasil fechou o tie-break em 15 a 10.
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