sexta-feira, 27 de maio de 2011

9º Ano - Aula de Religião de Reposição - Adventismo e Afro-brasileira - dia 28 de maio de 2011


Adventista
Em 1863, a Igreja Adventista do Sétimo Dia foi criada por pessoas que, através de estudos da Bíblia, passaram a compreender a palavra de Deus e seus propósitos desligando-se das coisas terrenas. Foram liderados por Ellen Gould Harmon que restaurou a fé de algumas pessoas que se viram frustradas por William Miller. Este pregava a vinda de Cristo e estabelecia a data que isso ocorreria fazendo com que as pessoas tivessem expectativas quanto a este dia que não viram. Eram aproximadamente 100.000 pessoas que se reuniram para aguardar a vinda de Cristo, o que não ocorreu.

Ellen, por sua vez, restaurou a fé dessas pessoas continuando a pregar a volta de Jesus Cristo utilizando a Bíblia para comprovar que não se sabe o dia e a hora de tal fato. Desde então buscam levar a mensagem da vinda de Jesus Cristo para o mundo, atentando as pessoas para que se prontifiquem para este encontro que pode ocorrer a qualquer momento, já que as profecias descritas na Bíblia, que antecederiam a vinda de Cristo, já estão se cumprindo.

Acreditam nas sagradas escrituras inspiradas por Deus;
No Deus Triúno;
Deus Pai como criador de todas as coisas;
Deus Filho encarnado em Jesus Cristo;
Deus Espírito Santo como fonte de inspiração, realização da encarnação e redenção;
A criação do mundo e de tudo o que nele há por meio de Deus;
A natureza humana semelhante à de Deus;
O conflito travado entre Jesus e Satanás;
A trajetória de Jesus Cristo como homem obediente e temente a Deus
Além de outras.

Seguem rigorosamente os ensinamentos bíblicos como guardar o sábado, não ter vícios, não comer algumas espécies de carne, utilizar o batismo como confissão de fé bem como a santa-ceia como símbolo de comunhão entre o homem e Deus e tantas outras.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

Religião - Brasil Escola

As religiões afro-brasileiras e o sincretismo

A troca entre as crenças foi corrente no desenvolvimento da cultura religiosa brasileira.

Durante o processo de colonização do Brasil, notamos que a utilização dos africanos como mão de obra escrava estabeleceu um amplo leque de novidades em nosso cenário religioso. Ao chegarem aqui, os escravos de várias regiões da África traziam consigo várias crenças que se modificaram no espaço colonial. De forma geral, o contato entre nações africanas diferentes empreendeu a troca e a difusão de um grande número de divindades.

Mediante essa situação, a Igreja Católica se colocava em um delicado dilema ao representar a religião oficial do espaço colonial. Em algumas situações, os clérigos tentavam reprimir as manifestações religiosas dos escravos e lhes impor o paradigma cristão. Em outras situações, preferiam fazer vista grossa aos cantos, batuques, danças e rezas ocorridas nas senzalas. Diversas vezes, os negros organizavam propositalmente suas manifestações em dias-santos ou durante outras festividades católicas.

Do ponto de vista dos representantes da elite colonial, a liberação das crenças religiosas africanas era interpretada positivamente. Ao manterem suas tradições religiosas, muitas nações africanas alimentavam as antigas rivalidades contra outros grupos de negros atingidos pela escravidão. Com a preservação desta hostilidade, a organização de fugas e levantes nas fazendas poderia diminuir sensivelmente.

Aparentemente, a participação dos negros nas manifestações de origem católica poderia representar a conversão religiosa dessas populações e a perda de sua identidade. Contudo, muitos escravos, mesmo se reconhecendo como cristãos, não abandonaram a fé nos orixás, voduns e inquices oriundos de sua terra natal. Ao longo do tempo, a coexistência das crendices abriu campo para que novas experiências religiosas – dotadas de elementos africanos, cristãos e indígenas – fossem estruturadas no Brasil.

É a partir dessa situação que podemos compreender porque vários santos católicos equivalem a determinadas divindades de origem africana. Além disso, podemos compreender como vários dos deuses africanos percorrem religiões distintas. Na atualidade, não é muito difícil conhecer alguém que professe uma determinada religião, mas que se simpatize ou também frequente outras.

Dessa forma, observamos que o desenvolvimento da cultura religiosa brasileira foi evidentemente marcado por uma série de negociações, trocas e incorporações. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que podemos ver a presença de equivalências e proximidades entre os cultos africanos e as outras religiões estabelecidas no Brasil, também temos uma série de particularidades que definem várias diferenças. Por fim, o sincretismo religioso acabou articulando uma experiência cultural própria.

Não cabe dizer que o contato entre elas acabou designando um processo de aviltamento de religiões que aqui apareceram. Tanto do ponto de vista religioso, quanto em outros aspectos da nossa vida cotidiana, é possível observar que o diálogo entre os saberes abre espaço para diversas inovações. Por esta razão, é impossível acreditar que qualquer religião teria sido injustamente aviltada ou corrompida.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Religião - Brasil Escola


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