Por Ana Lucia Santana
A Angelologia é a disciplina teológica que investiga a existência das criaturas angelicais e seu papel na história da Criação Divina; por esta razão estes seres estão muito presentes nas Escrituras Sagradas. A expressão ‘anjo’, procedente do latim ‘angelus’ e do grego ‘ággelos’, tem o sentido de mensageiro.
Narra a doutrina judaico-cristã que estas entidades celestiais teriam nascido do sopro divino em condições de perfeição integral, mas algumas delas teriam se rebelado contra o Criador e se convertido em seguidoras de Satanás, o primeiro anjo caído, líder da insurreição que supostamente abalou os alicerces dos céus.
Estes seres espirituais pertencem provavelmente a uma hierarquia mais elevada, transcendendo, assim, a condição humana. Na posição em que se encontram, trabalham em nome de Deus como auxiliares ou portadores de suas mensagens aos seres humanos. Seus dons e recursos são ilimitados, pois não são restritos, como o Homem, por uma natureza material.
Normalmente os anjos são caracterizados como criaturas providas de asas e de um halo dourado em torno de sua cabeça; eles revelam uma beleza incomparável, acentuada por sua intensa suavidade e por uma luz sem igual que emana de seu interior. Não é incomum vê-los representados, principalmente na arte ocidental, como crianças puras e virtuosas.
As pesquisas dos textos sagrados do Cristianismo revelam que eles foram incessantemente flagrados na realização de milagres bíblicos; uma de suas principais tarefas é contribuir para que o Homem caminhe cada vez mais na direção do Criador. Mas engana-se quem acredita que os anjos foram criados pelos cristãos, pois eles são encontrados nas mais variadas tradições religiosas.
No Islamismo, no Zoroastrismo, no Espiritismo, no Hinduísmo e no Budismo, entre outras religiões, os anjos estão sempre presentes, sob denominações distintas e muitas vezes apresentando qualidades e papéis diferentes daqueles atribuídos por judeus e cristãos. Aliás, nem mesmo no seio do Cristianismo há uma unanimidade em relação a estas criaturas.
A doutrina espírita revela similaridades com a visão cristã, vendo os anjos como entidades mais evoluídas espiritualmente e, portanto, mais próximas da perfeição e do Criador; conforme seu ponto de vista, eles atuam igualmente como enviados das esferas superiores aos planos inferiores. A Cabala os considera da mesma forma, e acrescenta que eles estão posicionados acima dos humanos e abaixo dos arcanjos, dos quais o único conhecido pelos homens é Miguel.
Os muçulmanos acreditam que os anjos estão polarizados entre o bem e o mal, enquanto no Hinduísmo e no Budismo eles se autoiluminam, são dotados de inúmeros dons especiais e alguns apresentam um organismo denso que lhes permitem o acesso à refeição como qualquer humano.
Os anjos são divididos em várias ordens, as quais variam conforme a tradição religiosa e os autores que propuseram a classificação. A divisão mais comum abrange a primeira tríade, integrada pelos seres mais íntimos do Criador – serafins, querubins e tronos. A segunda tríade engloba os Príncipes da Corte Celestial, entre eles as dominações, as virtudes e as potestades.
A terceira ordem inclui os mais próximos da Humanidade, os principados, os arcanjos e os anjos, último estágio angélico na direção dos seres humanos, o primeiro a ser percorrido pelas criaturas que aspiram à perfeição, além da condição material.
Fontes:
http://www.vivos.com.br/286.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anjo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Angelologia
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